sábado, 2 de agosto de 2008

Ídolo nada óbvio

Sempre tive uma relação de muito respeito com meus ídolos do esporte, e talvez por isso fique tão bravo com alguém que fale mal de Gustavo Kuerten, ou de Ayrton Senna, por exemplo. Ultimamente, meu único ídolo na ativa é o chileno Valdivia, jogador de muito talento do meio de campo palmeirense. Sempre busquei entender o porquê de gostar de um cara que eu nunca vi pessoalmente na vida. Nessa semana cheguei à conclusão, o ídolo é muito mais do que ele rende em campo. O ídolo é aquele que possui atitudes parecidas com as quais você tomaria. No meu caso gosto de Valdivia por ele agir de uma forma diferente de todos os outros jogadores, ele é aquele caso clássico que foge da regra comum. Valdivia é irreverente, gosta de fazer piadas sobre qualquer assunto, é humilde e meio louco da cabeça com seu antigo cabelo comprido balançando ao vento. Por isso é tão difícil ter um ídolo no esporte, o cara não apenas tem que ser bom de bola, mas também ter personalidade, coisa pouco visível no futebol burocrático e sem vida de hoje. Falta aos jogadores mostrarem seus pontos de vista sobre os mais variados assuntos envolvendo sua equipe, e não apenas repetir frases fadadas ao senso comum. Falta mais irreverência, mais alegria, mais provocações, tranformando o futebol brasileiro (antigamente tão rico em casos folclóricos) em algo para inglês ver. E é aí que entra Valdivia. Obrigado pelos seus dribles, pelos seus gols, e principalmente, pelas suas piadas.